Nota:
Antes já foi apresentado aqui neste espaço um artigo sobre a Igreja Cristã Maranata, “igreja evangélica”, pouco conhecida, porém carregada de muitas contradições bíblicas, ao tanto de ter quem afirme que a mesma seja uma seita evangélica em vez de uma simples denominação.
Segue um artigo e eu diria até mais que isso _ um trabalho_ e de mestre dedicado, que expõe com muita precisão e responsabilidade os meandros da doutrina interna da citada seita evangélica e seu consequente efeito sobre a igreja do Senhor. Igreja do Senhor sim, porque aqueles que comungam do mesmo espaço nem sempre comungam do mesmo espírito, embora sofram com isso; mas graças a Deus que temos varões valorosos levantados por Ele como verdadeiros atalaias que não cessam de denunciar o engodo no qual estiveram por algum tempo imergidos; e por isso, com propriedade é que podem denunciar, pois estiveram lá!
Lembrando aos leitores que alguns jargões são próprios da seita, fazendo parte de seu exclusivismo aplicado, e particularidades que propositadamente são apresentadas aos membros; fruto de sua excentricidade para diferencial das demais denominações, próprio de seu sectarismo.
Segue...
Caminhos de pastos secos (que tristeza!) e o berrante desperta a maranada para mais um dia de servidão: Todos os que absorvem a OBRA são aqueles que serão usados! Caso algum beato icemita (que sonha ser dono de rebanho) não absorva o ensino introjetado nas unidades locais, nos cultos proféticos e nos seminários da Obra, o mandante do rebanho rugirá: Toma o que é teu e retira-te. Leva contigo: críticas, argumentos, teologias, cultura, prepotência, acusações e etc. (Cf. MENSAGEM DO SÉTIMO PERÍODO, 2007, p. 10-11)
Como droga estupefaciente, a formatação faz parte do projeto de salvação dos que serão usados como servos da Obra… e dura muitos anos. Demais, a absorção de Obra (algo que faz segredos de coisas insignificantes) é exigida como condição de formatação inconsciente do eu-icemítico facilmente manipulável e obediente ao sistema. Impaciente como sempre, o mestre dos mestres não permite perguntas e questionamentos; mas não percebe que, de nada vale esconder insignificâncias, intitulando-as de mistérios da Obra Revelada.
Desde que as cercas foram rompidas, as estradas estão cheias… de centenas de retirantes doentes de mentiras, profetadas, revelagens e sonhos…
Devemos compreender o emprego da expressão absorvem a OBRA, o desnudar da erronia generalizada e as consequências das feridas e mazelas provenintes do sistema, devido ao fato incontestável de que em nenhuma hipótese será admitida a não-absorção da doutrina revelada (1); caso contrário, não se forma a mentalidade (conduta) de Obra na mente de cada servo da Obra. Faça um favor a sua alma e entenda isto, porquanto é longo o processo de retirada da servidão.
Então, a descoberta do escondido além das cortinas escuras exige que honestamente perguntemos: o que estava na mente do mestre-primaz ao escrever essa apostila e empregar a expressão absorvem a OBRA? Logo descobriremos que esta introjeção é mandamental, mesmo porque continua inquestionável o mistério da Obra conduzindo a outro mistério da Obra: o poder do chefe eclesiástico nunca deve ser subestimado… e mais: o tempo corre contra os retirantes…
Evidentemente, a expressão absorvem a OBRA merece a devida atenção no enfoque da compulsão à repetição, porquanto o mestre-mor recorda e repete a doutrina revelada e a cada dia o mistério da Obra fica mais sofisticado. Motu perpetuo. Nunca se esqueça destas expressões no processo de formação de cada capítulo da doutrina revelada: compulsão à recordação, repetição e sofisticação no encadeamento das alegorias, espiritualizações de frases isoladas do conteúdo e do contexto do Livro Sagrado. Porquanto é deste modo que as idéias humanas incorporam o chamado projeto de salvação. Por conseguinte, entenda as dificuldades enfrentadas pelos retirantes, a fim de finalmente, serem salvos da servidão.
Felizmente, até a intuição nos credencia a dizer, que a expressão absorvem a OBRA começa no contexto da dissimulada linguagem do não-pensamento com que os crédulos engolem a doutrina revelada… e ficam felizes; mas nunca pensam. Leia o artigo indicado. Pense nisto.
Infelizmente, este ardiloso não-pensar IMPEDE a compreensão de aspectos da doutrina revelada confrontados com criterioso exame do Livro Santo no contexto da Nova Aliança. Iste impedimento é grave, irmãos. No entanto, é assim que a monarquia movimenta os negócios, os seminários da Obra e trabalha, sem que a membresia desconfie que o jargão mistérios da Obra inclui princípios da psicologia de recordação, repetição, sofisticação e treinamento.
Neste enquadre, caso o chefe icemita muito religioso invente mais um capítulo de doutrina revelada, o faz com a astúcia da linguagem do não-pensamento, ciente de que imediatamente algum membro da elite apresente profetada ou revelagem confirmando o que ele disse. O encadeamento da hierarquia monárquica obriga a obediente prontidão dos servos da Obra nessa pronta-resposta, pois foram formatados para fechar cerco em proteção à doutrina revelada. Ora, entre eles está em vigor o implacável mandamento: “Não toqueis nos meus ungidos.” Portanto, o formatado icemita está ciente de que, dentro das cercas de arames farpados nada de perguntas e muito menos de questionamentos. Regimento interno? Pra quê?!!
No entanto, a doutrina revelada estabelece o conceito de que o DON (Doutrinas, Orientações e Normas do Presbitério cf. arts. 5º e 25 do Estatuto da ICM-PES é inquestionável mistério da Obra que veio da eternidade, onde os meios de graça resultam de revelação. Isto não faz sentido, alguém dirá e concordamos; pois, quando o Novo Testamento menciona a “doutrina dos apóstolos” (gr. διδαχη των αποστολων – At. 2.42 – TR), fala do que é fidedigno e fundamental para a “igreja de Deus… corpo de Cristo” (1 Co. 1.2; 12.27), esta sim! mistério de Deus, poder de Deus e sabedoria de Deus. Portanto, nenhuma relação existe entre a “doutrina dos apóstolos” e a doutrina revelada do eclesiasticismo filosófico institucionalizado na ICM-OBRA na base de empulhação.
Neste contexto, quando o mestre-primaz escreve e reescreve as lições para os discípulos, ele demora em cada espiritualização de frases das Escrituras Sagradas. Cada assunto apresentado, recordado, repetido e sofisticado objetiva a obediência dos servos da Obra. Definitivamente! Nada foge destas paredes de pedras e do contexto da doutrina revelada formatadora dos obedientes servos da Obra. O esforço é para o erro.
Nunca duvide da habilidade e inteligência do mestre-mor neste propósito, sem o que a expressão absorvem a OBRA perde o seu sentido. Os formatados icemitas não mais pensam e apenas louvam a Obra Maravilhosa; porque o entretenimento deles é mantido com a linguagem do não-pensamento que dá asas ao falso profetismo. Pensem: enquanto o mágico-mor joga os malabares, os boquiabertos icemitas exclamam: OBRA MARAVILHOSA!
O que se deseja com a ardilosa doutrina revelada além da letra, é que os crentes icemitas estejam livres de pensamentos próprios. Então, preste atenção ao emprego do verbo absorver na expressão absorvem a OBRA. Os dicionários nos dão o significado de absorver (lat. absorbere): embeber em si; recolher em si; sorver. Enquanto escrevia a apostila, o mestre dos mestres imaginava a doutrina revelada como:
- 1) água celestial que veio da eternidade aos carentes, miseráveis e sedentos dos mistérios da Obra além da letra;
- 2) a derradeira fronteira da espiritualidade gloriosa e imutável pensamento que doa a doutrina revelada aos servos da Obra;
- 3) algo que somente o bispo-monarca pode ministrar;
- 4) o destilar dos favos de mel mais desejáveis que o ouro puro e refinado;
- 5) o desvendar da Bíblia além da letra.
O insinuante poder da linguagem do não-pensamento, diante das convicções do formatado como servo da Obra, escancara aberturas de alucinações em direção ao falso profetismo. Nada obstante, este não-pensar introjeta na mente dos beatos o que está além da letra definitivamente distorcido da linguagem das Escrituras Sagradas. Entenda o ardil, o engodo instalado na mente daquele que não-pensa: o costumeiramente distorcido e imaginável além da letra foge ao controle do mestre-mor, que nunca obedece às regras de Hermenêutica enquanto estimula a imitação; porquanto isto que ele faz torna-se o modelo, o paradigma dos valetes (escrevi valetes) que o imitam. Então, com augusta autoridade eclesiástica de formador de opinião religiosa ele ordena:
- Cada servo da Obra deve EMBEBER EM SI a doutrina revelada (formada na base de alegorias, espiritualizações de frases das Escrituras e idéias que sempre guiaram o monarca quadragenário), assim como o soldado embebeu a esponja de vinagre e estendeu o caniço ao crucificado.
- Cada servo da Obra deve RECOLHER EM SI o DON (emanado do mais alto da corte maranática), guardando-o no mais íntimo do coração e mente, preservando-o como um grande e precioso tesouro – uma pérola de grande valor.
- Cada servo da Obra deve SER DESPOJADO DE PENSAR POR SI MESMO, despojado de questionamento, esvaziado do intelecto, da razão e da vontade; para SORVER tudo o que é ensinado nos seminários da Obra assim como alguém bebe aos sorvos (goles) algo que o embriagará com esperanças no porvir.
No contexto de esquizofrenia religiosa não se formatam icemitas e obreiros sem compulsão à repetição. Ou melhor: o chefe religioso quer evitar o desprazer de não conseguir grande multidão de servos da Obra. No final da vida acaba em frustração o que deveria ser prazer. Tédio!
O alvo é facilitar a introjeção (2) da mentalidade (conduta individual) de Obra em cada um dos servos da Obra como poder de submissão; mas atenção! este não é o poder de Deus. Ora, o icemita está formatado no poder persuasivo de religiosidade sutil que dispensa a ardente e bíblica “fé em Jesus”. Portanto, diante do fato de que na frase absorvem a OBRA a ação verbal está no presente do indicativo, o desígnio inconsciente na construção da doutrina revelada é embebedar os beatos com alegorias, ambigüidades, e espiritualização de frases das Escrituras (base das heresias que escoam do palácio da rainha desfigurada).
Porém, a introjeção é investida contra liberdade de crer (exercer fé) em Jesus e de pensar os pensamentos de Deus, conforme expostos no Livro Santo. E daí? Não é o que se pretende com a linguagem do não-pensamento? Não é o que se pretende com o pior dos capítulos da HERESIA ICEMITA? Não é o que se pretende com a Mensagem para Pastores disposta a fechar as bocas e mentes dos que fazem perguntas sinceras e dos questionadores?
Pois estejam certos de que, dominadores dos rebanhos de Deus agem assim mesmo. O gedeltismo impôs o medo na mente dos obedientes servos da Obra como padrão de espiritualidade religiosa e sectarista; e depois de incutir o medo, o monarca proclama: estes serão usados. Portanto, a Obra é exaltada como a Igreja Fiel em detrimento do que o mestre-primaz denomina de Mescla, ou seja: as demais denominações evangélicas que ele considera mistura com profanas religiões.
Por conseguinte, a doutrina revelada introjetada na mente do servo da Obra age inconscientemente nas vinte e quatro horas de cada dia; e faz o formatado expressar a espiritualidade com o costumeiro maranatês. Loucura! Não é de admirar que, as frases introjetadas na mente dos crentes icemitas impedem o ato de agir biblicamente com liberdade Os icemitas estão impedidos de pensar os pensamentos de Deus… e acham que pensam.
Por oportuno, de diversas apostilhas e matérias difundidas nos Maanain’s, como parte do Corpo da Obra e do aperfeiçoamento dos dons (aburdo inexplicável), citaremos alguns jargões que descem das escadarias do palácio da rainha desfigurada:
· A diferença desta Obra é que o Senhor fala aqui, não é como a Mescla.
· A ICM é a Obra o resto é manobra e sobra.
· A Obra é filho único.
· A Obra é minha vida, a minha vida é a Obra.
· A Obra não pode ser exposta.
· A religião vive a letra, esta Obra vive além da letra.
· Esta Obra conhece a revelação, tem culto-profético, madrugada etc.
· Esta Obra é completa, perfeita e revelada: não tem dedo do homem.
· Esta Obra é dinâmica, caminha na velocidade da luz, vive o projeto de salvação.
· Esta Obra é do Espírito, não é obra de homens como na religião.
· Esta Obra é nossa locomotiva para a eternidade.
· Esta Obra é para valentes, não queremos covardes. Pode sair.
· Esta Obra é profética, o Senhor fala só aqui.
· Esta Obra é tudo para nós, devemos dar a vida por ela.
· Esta Obra Preciosa é a menina dos olhos de Deus.
· Esta Obra Preciosa é filha única.
· Esta Obra vive o projeto de Deus, não vive a religião.
· Na Obra a Doutrina é vivida no Corpo.
· Na Obra a Palavra é Revelada.
· Na Obra não damos lugar para o destaque do homem.
· Na Obra não damos valor à aparência.
· Na Obra não temos pastor famoso como nos movimentos.
· Na Obra os pastores não recebem salário, isso é coisa da Mescla.
· Não troco essa Obra nem pela minha família.
· Nessa Obra Preciosa não temos teologia, temos a Palavra Revelada.
· O que seria de nós, se não fosse essa Obra Preciosa?
· O servo dessa Obra é nobre, são varões valentes, servas valorosas.
· Para onde iremos nós, se sairmos dessa Obra Maravilhosa?
· Só a Obra tem o dom da sabedoria que os movimentos carecem.
· Só na Obra temos a revelação de Cantares de Salomão.
· Só nessa Obra encontramos a revelação.
· Só nessa Obra temos louvores revelados.
· Temos a consulta à palavra, só a Obra conhece este segredo.
· Temos os meios de graça que são segredos dessa Obra.
· Todos os que absorvem a Obra são aqueles que serão usados.
Por oportuno, como fruto da doutrina revelada espalhando o “fogo estrannaunidades locais da ICM-PES, o emprego desses jargões é manipulador e opressor. Pelo oposto, o propósito do “evangelho da graça de Deus” é absolutamente diferente, oportunizando a nossa liberdade de expressão.
Portanto, absorver a Obra é coisa de dominadores do rebanho. Iludidos com a linguagem do não-pensamento que fundamenta mais heresias confirmadas com o falso profetismo, o erro cresce como fogo em palha seca e destrói pessoas. Observe e pense. Os erros se amontoam… e os retirantes enchem as estradas…
Pressentimentos não devem ser ignorados.